Neuroarquitetura e Biofilia: Entenda Essas Duas Formas de Projetar e a Relação Entre Elas
- luaradesigndeinter
- 11 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
A Neuroarquitetura é uma ciência que estuda a mente, sua psicologia e sua biologia quando estamos diante de um ambiente construído. Quais sensações este edifício me passa? O que eu sinto e como eu me comporto diante de um jardim? Quais regiões do cérebro são ativadas quando eu vejo algo belo, como uma obra arquitetônica? É possível definir o “belo”? Essas são algumas das questões que a Neuroarquitetura tenta responder.
Projetar a partir de evidências científicas da Neuroarquitetura significa prezar pelo bem-estar e atender às expectativas do cliente. Os ambientes transmitem sensações, significados, cada lugar é um símbolo! Em um ambiente de escritório nos sentimentos totalmente diferentes do que quando estamos em casa, por exemplo. Como transformar esses ambientes para que eles transmitam outras sensações?
Achados científicos mostram que um nível de complexidade mediano é normalmente mais preferível do que níveis baixos ou muito altos. Além disso, a psicologia ambiental já demonstrou que precisamos de ambientes que sejam um pouco estimulantes, no mínimo!
Outras pesquisas mostram que a preferência estética por interiores varia muito mais do que por rostos e imagens de paisagem. Ou seja, é mais provável achar consenso do que é mais esteticamente agradável quando lidamos com aquilo que é natural.
DESIGN BIOFÍLICO
A biofilia significa “amor à vida” e ela é tanto uma filosofia quanto uma ciência. Como ciência, ela precisa de teste de hipótese, métodos qualitativos, análise e publicação dos resultados em periódico científico. Como filosofia, ela diz respeito à promoção de uma convivência harmônica do ser humano com a natureza que o rodeia.

Diversas pesquisas já demonstraram os benefícios do design biofílico em idosos, crianças em idade escolar, dentre outros grupos de pessoas. Melhoria no bem-estar, na percepção positiva da natureza, melhora em atitudes e percepção pró-meio-ambiente, relaxamento, sensação de segurança e, ao mesmo tempo, excitação. Todas essas medidas estavam relacionadas a um ou mais princípios biofílicos.
Então quando falamos em neuroarquitetura e bem-estar, não podemos deixar de mencionar a natureza. A arquitetura biofílica com o seu design diferenciado proporciona muito daquilo que a Neuroarquitetura tem tentado demonstrar ao longo das duas últimas décadas. Gostamos de ficar em lugares que nos fazem bem! Mas como conseguir isso? Como descrever, medir e avaliar esse “bem-estar” e quais modificações arquitetônicas poderão ser feitas para se atingir isso?
Eu trago um pouco dessa discussão em meu módulo de Neuroestética, mas também falo sobre isso no módulo de design biofílico do meu curso de Neuroarquitetura.
Dê uma olhada nas duas aulas gratuitas disponíveis e não deixe de me seguir no Instagram para aprender mais sobre biofilia, neuroarquitetura, interiores e paisagismo.
referências: Seniors' Participation in Gardening Improves Nature Relatedness,
Psychological Well-being, and Pro-environmental Behavioral Intentions
Jang-Hwan Jo1,, Seunguk Shin Young-Gyun Son, and Byung-Chul Ane, 2022
Strong Shareed Taste for Natural Aesthetics Domains than for Artifacts of Human Culture
Vessel, Maurer, Denker e Starr, 2018
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